quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Eleições no Congresso dividem bancada



Parlamentares de MT seguem orientação política, mas alertam que corpo-a-corpo no Senado e Câmara pode culminar em quebra de acordos





Divergências imperam na maior parte da bancada mato-grossense no Congresso Nacional em relação à acirrada disputa às presidências do Senado e Câmara Federal. Cada parlamentar tem seguido orientação de seus respectivos partidos políticos, dividindo os posicionamentos.
Integrantes da bancada de Mato Grosso alertam que em função dessa mesma cisão, a eleição marcada para o dia 2 de fevereiro, na Câmara, poderá ser decidida em dois turnos. No Senado, a disputa se fecha em torno de dois candidatos: o atual presidente, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o representante do PT, senador Tião Viana (AC). Com esse quadro, a senadora Serys Slhessarenko (PT) destaca que a bancada do partido não apenas apóia o nome de Tião, como também tenta angariar respaldo para o correligionário. Viana tem tentado aglutinar força política por meio de cartas enviadas aos colegas senadores. Serys lembrou que o documento traz o histórico do Senado e da trajetória política do senador.
“Nessa carta, o Tião também destaca que pretende fazer um trabalho voltado à transparência das ações e ao social”. Para a senadora, o nome do candidato do PT soa como boa possibilidade. “Existem bons nomes e o nome do senador Tião também está entre os que podem fazer um bom trabalho na presidência”. Contudo, os parlamentares de Mato Grosso alertam para as fortes chances de que a disputa na Câmara Federal demande dois turnos, devido ao número de candidatos. Até o momento, a Casa conta com quatro nomes postos: Michel Temer (PMDB-SP), Aldo Rebelo (PC do B-SP), Ciro Nogueira (PP-PI) e Osmar Serraglio (PMDB-PR). Numa costura política que desenha a formação de um bloco integrado pelas bancadas do PMDB, PT, DEM e PSDB, o deputado federal Michel Temer é o grande cotado. Contudo, parlamentares da bancada de Mato Grosso como o deputado federal Wellington Fagundes (PR) alertam para o quadro de disputa, que pode revelar “surpresas” no dia da eleição.
Na Câmara Federal, o PR, em tese, teria fechado o apoio ao nome de Temer. No entanto, como ressalta Fagundes, o desenrolar da disputa pode gerar novos acordos. Segundo ele, o próprio Partido da República está dividido em relação à escolha do líder da legenda. O nome de Michel Temer é bem visto por Wellington e ainda pelo deputado Homero Pereira (PR). No entanto, Pereira reforça que, apesar das aparências de coesão política em torno de um nome, a eleição de fato só será definida no dia 2 de fevereiro. “O voto é individual e secreto, portanto, podem ocorrer mudanças”, analisou. A deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB), confirmou a posição da bancada tucana na Câmara Federal de apoio a Michel Temer. Já Valtenir Pereira (PSB) defende o candidato Aldo Rebello, apoiado pelo chamado Bloco de Esquerda, formado pelo PSB, PC do B, PDT, PMN, PHS e PRB.
Fonte: Diário de Cuiabá

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