sábado, 19 de maio de 2012

Protógenes mostra em vídeo íntegra de entrevista dada a repórter da Folha


O deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) mostrou em vídeo a entrevista concedida a repórter da Folha de S. Paulo, cujo teor menciona trechos que não condizem com o que de fato o parlamentar respondeu ao repórter.
Confira aqui a Nota de Esclarecimento enviada pelo deputado à Folha.
Nota de Esclarecimento - Matéria Folha de S. Paulo de 18/05/2012

E confira o vídeo aqui:

Confira aqui a matéria da Folha:


Grupo de Carlinhos Cachoeira pediu ajuda a Protógenes
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FERNANDO MELLO
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

O grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, procurou o hoje deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B) para tentar barrar uma investigação contra a empreiteira Delta em Goiânia, no ano de 2009.

Gravações da Polícia Federal indicam que o deputado, autor do requerimento que criou a CPI do Cachoeira, falou com Cláudio Abreu, então diretor da Delta e aliado de Cachoeira. Ele nega.

Alan Marques - 24.abr.2012/Folhapress

Protógenes Queiroz em sessão na Câmara dos Deputados
No dia 22 de maio de 2009, Cláudio Abreu relatou a Cachoeira uma conversa, de acordo com a PF, com Protógenes. "Ele é muito direto, muito correto", disse Abreu, segundo quem Protógenes afirmou: "Ah, eu não prometo resolver a situação, mas vou me empenhar".

Segundo a PF, o grupo de Cachoeira fez contato por meio de Idalberto Matias, o Dadá, com "interesses relacionados à investigação". Em 18 de maio, Protógenes combinou com Dadá de ir a Goiânia (GO). Cachoeira também tentou marcar um encontro em Brasília entre Protógenes e "os donos da empresa".

A Folha teve acesso a uma sequência de diálogos inéditos gravados na Operação Vegas. Segundo interlocutores do governo com acesso às investigações, as conversas deixam o deputado em situação constrangedora, já que ele é o autor do pedido da CPI sobre Carlinhos Cachoeira.

Em 2009, a preocupação de Cachoeira era com uma CEI (Comissão Especial de Investigação) sobre a Delta na Câmara Municipal de Goiânia. Cachoeira disse a Cláudio Abreu ser versado no assunto, pois participara de seis CPIs. Abreu pediu para ele "fazer o meio campo e amenizar o trem".

Cachoeira reclamava que o vereador Elias Vaz estava "batendo demais". Vaz é do PSOL e Protógenes negociava sua ida para o partido, o que não se concretizou. O vereador confirma ter encontrado Protógenes, mas nega interferência dele.

Em 8 de maio, Cachoeira conversou com Dadá sobre o "amigo" que chegaria de São Paulo. Duas horas depois, Cachoeira diz para Dadá pedir ao amigo ligar para Vaz.

"É melhor mudar o discurso aí. É negócio da empresa. Ele é candidato. A empresa vai ajudar mais na frente, entendeu? ", disse Cachoeira. No mesmo dia, Cachoeira pediu para Cláudio Abreu ficar com o rádio ligado: "Protógenes vai falar com você".

A CEI foi arquivada em agosto de 2009. Vaz não chegou a fazer parte da comissão, já que o critério de escolha dos membros foi por representatividade de partidos.

OUTRO LADO

Protógenes Queiroz disse que não se encontrou com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta. Segundo o deputado, em depoimento sigiloso à CPI, os delegados da PF disseram que ele "não tem nem vinculação direta nem indireta" com Cachoeira.

Protógenes afirmou que o diálogo em que Abreu relata um encontro, segundo a PF com ele, é uma citação de terceiros. "O encontro não aconteceu. De minha parte não aconteceu. Se fui referido, é como outros pessoas", disse.

Segundo Protógenes, "como essas pessoas penetraram no Estado, é muito normal que aconteçam referências". Disse ainda que foi "referido pouquíssimas vezes".

"Se eu nas operações da Polícia Federal desse um tratamento de pessoas referidas como os colegas tiveram o excesso de preciosismo, a República estaria em uma confusão muito grande", disse.

A defesa de Carlinhos Cachoeira diz que questiona a legalidade das gravações. O advogado de Claudio Abreu não retornou as ligações.

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