quinta-feira, 14 de junho de 2012

Veja se prepara para ‘guerra aberta’


Quem pensa que a revista Veja está acuada e vai arrefecer o combate ao governo petista e aos movimentos sociais pode estar totalmente enganado.
Depois do revés provocado pelas investigações da Operação Monte Carlo e as ameaças da CPMI do Cachoeira de convocar seu diretor em Brasília, flagrado em mais de 200 conversas com o bicheiro goiano, as matérias contra o governo Dilma praticamente fugiram da manchete principal da revista.
Mas continua lá internamente, embora tímidas.
Nos últimos meses depois da prisão de Carlinhos Cachoeira e seus arapongas que abasteciam o jornalista Policarpo Junior com grampos ilegais e informações contra o governo, pouco se viu de “bomba”.
A exceção foi a matéria em que Gilmar Mendes acusou Lula de chantageá-lo para amenizar a situação dos mensaleiros.
O resultado está aí: o STF marcou o julgamento do Mensalão numa data que não agradou petistas e aliados.
Em suma: Veja está combalida, mas não derrotada.
Eu conversei com um colega da Veja hoje e ingenuamente perguntei como Policarpo Junior estava, se ele se sentia acuado, envergonhado com essa história toda.
O diálogo foi breve, mas me pareceu muito revelador:

Eu – Cara, você está na Veja, né?
Colega – Sim. Estou lá.
Eu – E como vocês estão encarando essa história toda da relação com o Cachoeira.
Colega – Tranquilos...
Eu – E o Policarpo, não está envergonhado, acuado?
Colega – Que nada. Nem um pouco. Está tranquilo, muito tranquilo. Mais cedo ou mais tarde a guerra seria declarada.
Eu – Guerra?
Colega – Sim, seria descoberta a fonte e eles sabiam que seria uma guerra. Estão preparados para a guerra, para o que der e vier. 



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