Quem
pensa que a revista Veja está acuada e vai arrefecer o combate ao governo
petista e aos movimentos sociais pode estar totalmente enganado.
Depois
do revés provocado pelas investigações da Operação Monte Carlo e as ameaças da
CPMI do Cachoeira de convocar seu diretor em Brasília, flagrado em mais de 200
conversas com o bicheiro goiano, as matérias contra o governo Dilma
praticamente fugiram da manchete principal da revista.
Mas
continua lá internamente, embora tímidas.
Nos
últimos meses depois da prisão de Carlinhos Cachoeira e seus arapongas que abasteciam
o jornalista Policarpo Junior com grampos ilegais e informações contra o
governo, pouco se viu de “bomba”.
A
exceção foi a matéria em que Gilmar Mendes acusou Lula de chantageá-lo para
amenizar a situação dos mensaleiros.
O
resultado está aí: o STF marcou o julgamento do Mensalão numa data que não
agradou petistas e aliados.
Em
suma: Veja está combalida, mas não derrotada.
Eu
conversei com um colega da Veja hoje e ingenuamente perguntei como Policarpo
Junior estava, se ele se sentia acuado, envergonhado com essa história toda.
O
diálogo foi breve, mas me pareceu muito revelador:
Eu
– Cara, você está na Veja, né?
Colega
– Sim. Estou lá.
Eu
– E como vocês estão encarando essa história toda da relação com o Cachoeira.
Colega
– Tranquilos...
Eu
– E o Policarpo, não está envergonhado, acuado?
Colega
– Que nada. Nem um pouco. Está tranquilo, muito tranquilo. Mais cedo ou mais tarde a guerra
seria declarada.
Eu
– Guerra?
Colega
– Sim, seria descoberta a fonte e eles sabiam que seria uma guerra. Estão
preparados para a guerra, para o que der e vier.
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