domingo, 29 de abril de 2007

Wagner Simplício, quem diria, héim!?

Deu no Blog do Romilsom:

Nova chede do PSF está envolvida em escândalo

Simplício, que no PPS se diz o "símbolo da ética", é acusado no processo por tráfico de influência

Um caso de impunidade, alicerçado por tráfico de influência, fraudes e perseguições, vem assustando servidores da saúde pública de Cuiabá. A enfermeira Maria Andrietti Canhetti, contra a qual pesa uma série de denúncias desde 2000, foi nomeada pelo secretário de Saúde, Guilherme Maluf, chefe do Programa Saúde da Família.

No processo seletivo de recrutamento de profissionais para o PSF, ela foi acusada de clonar certificados e diplomas. De quebra, ainda teve acesso, com antecedência, à prova de um concurso público, tudo com ajuda, segundo denúncias, do então diretor-executivo da Fundação de Saúde de Cuiabá (Fusc), Wagner Simplício. Como integrante da ala histórica do PPS em Mato Grosso, o fiscal sanitarista Simplício ainda carrega, na prática, o discurso da ética, transparência e honestidade. O processo envolvendo a enfermeira que virou chefe do PSF acusa, porém, Simplício de ter praticado tráfico de influência.

O escândalo sobre Maria Canhetti e Simplício está sob investigação do Ministério Público. O problema é que Maria Canhetti, "aprovada" em primeiro lugar, assumiu a chefia do PSF e, de acordo com servidores, começou a perseguir pessoas que depuseram contra ela no processo na condição de testemunhas.

Há sete anos, a então coordenadora do PSF/Fusc, Rosângela Aparecida Padilha, abriu sindicância para apurar a denúncia de que Maria Canhetti, com forte ligação com Simplício, teria apresentado certificados e diplomados falsificados com vistas a ser contratada como enfermeira do PSF. Os documentos apresentados por ela consistiam em clonagem dos de Nalzita Paixão Martins, que também havia feito inscrição para a mesma vaga.

Verificou-se em 10 documentos fotocopiados a oposição de forma grosseira do nome da hoje chefe do PSF. Sobre o local onde estaria grafado o nome de Nalzita na cópia dos certificados, nota-se ainda que a tipologia empregada é divergente da constante dos documentos apresentados. Nos certificados e diplomas datilografados foi aposto o nome de Maria Canhetti com letras de computador e, já os demais certificados, foram feitos em impressoras e a grafia onde aparece o nome "Maria Andrietti Canhetti" é diferente da original no mesmo documento. Outra prova cabal da falsificação detectada no trabalho de reconferência foi o fato das numerações de registros dos documentos nas instituições que o expediram serem idênticas. Toda essa situação acabou induzindo a erro a banca examinadora, que aprovou o nome de Maria Canhetti para os quadros do PSF.

Posteiormente, ela fez concurso público e foi classificada em primeiro lugar. Nesse caso, pesa sobre Maria Canhetti outra denúncia: a de ter sido beneficiada por Wagner Simplício, com quem tinha bastante afinidade, do resultado da prova antes da realização do concurso.

Suspeição

Em novembro de 2000, Wagner Simplício foi intimado a depor na comissão de sindicância na qualidade de testemunha. Revelou que, como diretor-executivo da Fusc, participou da avaliação do processo seletivo. Disse que analisou documentos apresentados por Maria Canhetti, assim como dos demais candidatos.

Perguntado se tinha conhecimento de que a denunciada apresentou fotocópias junto com os originais no ato da inscrição, Simplício respondeu que não podia afirmar especificamente quanto aos documentos dela. Os membros da comissão de sindicância, então, mostraram ao então diretor-executivo os documentos para sua percepção, a olho nu, de eventual diferença entre originais e falsificados. Concluiu que, de fato, era possível identificar os documentos falsos.

Por fim, a comissão perguntou se Wagner Simplício fazia parte da equipe com a intenção de proteger alguém. Em resposta, ele argumentou o seguinte: "Sempre atuei com transparência, lisura com probidade e não ia me sujar toda uma carreira profissional por um ato de proteção a quem quer que seja para favorecer ou criar tráfico de influência para que funcionário, pessoa ou cidadão seja beneficiado por ato administrativo ou pelas ações do poder público de formas ilícitas ou torpe".

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